A Humildade Diante da Grandeza Divina: Jó e a Consciência de Sua Limitação

 


"Estava trabalhando na residência de um professor de ciência, e, como de costume, sempre gosto de conversar sobre assuntos espirituais, pois creio que esta é a razão de todos nós que invocamos o nome de Deus e falar dele a tempo e fora de tempo. Em um determinado momento, ele me perguntou como uma forma de desafio: 'Como você crê nisso? Mundo criado em 7 dias, peixe que engoliu um profeta. Explique então o que você chama de trindade, como 3 pode ser um. Acho que tudo isso é história de carochinha.' Bem, aquilo foi de repente, estava dentro da casa dele, e ele estava criticando a minha fé.

Sua insistência em debochar não se limitou apenas a essas questões, mas ele também queria mostrar que eu deveria ser ignorante, já que como eu poderia viver diante de tantas respostas que a ciência proporciona. A ciência/tecnologia é o resultado do trabalho que eu estava realizando em sua casa, instalando um serviço de internet. Ele também se aprofundou na argumentação da evolução das espécies e questionava como eu, diante de tantas evidências, poderia ter fé?

 

Deu uma vontade tremenda de dizer a ele: "Bem, se você quer acreditar que é filho dos macacos, problema seu, pois eu sou criado à imagem e semelhança de Deus." Mas isso ficou apenas na vontade.

 

Então, pedi a ele para sair para fora da casa e ele me acompanhou. Era um dia muito bonito, com um céu azul incrível, uma verdadeira obra de Deus. Fiz algumas perguntas a ele: "Imagine se fosse possível inventarmos um foguete que voasse à velocidade da luz. Qual seria a velocidade da luz?", ele respondeu: "300.000 quilômetros por segundo". Em seguida, perguntei: "E para chegar ao Sol, quanto tempo levaria a luz?". Ele disse que a luz do Sol levaria cerca de 8 minutos e 20 segundos para viajar da superfície do Sol até chegar à Terra.

 

Continuei perguntando: "Agora, imagine um foguete imaginário que voasse milhões de vezes mais rápido que a luz e continuasse indo... indo... indo... onde ele pararia? Ele disse que não pararia, pois o espaço é infinito. Entendo que nossa mente não concebe algo infinito, mas como pode existir algo infinito? Pedi a ele para me explicar como isso é possível. Isso deveria nos deixar loucos, pois como pode existir algo infinito?". E perguntei a ele: Como você consegue viver com essas perguntas?

 

Ele ficou reflexivo, pois eu disse a ele: "Bem, você não sabe que o Criador nosso Deus é infinito e aquilo que Ele se revelou a nós através de Jesus Cristo e das escrituras é muito pouco comparado com aquilo que Ele é".

 

Foi exatamente o que Deus fez com essas séries de perguntas feitas a Jó. Espero que você, que está lendo, possa meditar nessas questões. As perguntas de Deus a Jó (Jó 38-42) são importantes porque destacam a soberania, sabedoria e majestade do nosso Deus. Isso foi escrito para levar Jó a reconhecer sua limitação como ser humano diante do Criador. Essas perguntas convidam Jó, a mim e a você, como leitores, a refletir sobre a natureza da existência, o poder de Deus sobre a criação e a importância da humildade e confiança em meio às adversidades da vida. São 70 perguntas no total, e isso nos mostra o quanto Deus gastou tempo questionando Jó e, consequentemente, a mim e a você.

Deus faz um total de 10 perguntas em 

 38:19-26


"De onde vem a luz, e para onde vai a escuridão?"

"Você é capaz de levar cada uma a seu lugar? Sabe como chegar lá?"

"Você alguma vez visitou os depósitos de neve ou viu onde fica guardado o granizo?"

"Onde os relâmpagos se dividem? De onde se dispersa o vento leste?"

"Quem abriu um canal para as chuvas torrenciais?"

"Quem definiu o percurso dos relâmpagos?"

"Quem faz a chuva cair sobre a terra árida, no deserto, onde ninguém habita?"


Diante dessas perguntas arrebatadoras, somos confrontados com a vastidão e o poder insondável do Criador. Onde estávamos quando Ele estabeleceu os limites da luz e da escuridão? Seríamos capazes de controlar os elementos da natureza e conduzi-los aos seus devidos lugares? A sabedoria divina nos desafia a adentrar os depósitos de neve e a contemplar o mistério do granizo guardado. Quem somos nós diante dos relâmpagos que se dividem e do vento leste que se dispersa com destreza?


Percebemos que estamos diante do desconhecido, da grandeza inabalável, e somos questionados sobre quem ousaria abrir um canal para as chuvas torrenciais ou definir o percurso dos relâmpagos. Como explicar o milagre da chuva que cai em terras áridas e desertas, onde ninguém habita? 


Essas perguntas transcendem nossos limites humanos, nos empurram para além do nosso entendimento. São desafios divinos que nos instigam a buscar a humildade diante da magnificência do Criador e a reconhecer que há mistérios que escapam à nossa compreensão. Enfrentamos o desafio de mergulhar em um mundo onde a ciência e a fé se entrelaçam, onde a humildade é a chave para encontrar respostas que se estendem além do nosso alcance limitado. E, diante desse desafio, somos convidados a buscar uma conexão mais profunda com Deus e a encontrar significado e propósito em meio aos mistérios que nos cercam.


OREMOS


Ó Grande e Misericordioso Deus,


Diante das perguntas que ecoam em minha mente, reconheço a grandiosidade de Tua obra e a sabedoria insondável que permeia toda a criação. De onde vem a luz, e para onde vai a escuridão? És Tu quem guia cada raio de luz e dirige as sombras que se formam.


Diante da magnitude da Tua obra, confesso a minha pequenez e limitação. Como ser humano, sou incapaz de compreender totalmente os mistérios que Tu estabeleceste. Mas, na humildade do meu coração, coloco-me aos Teus pés e entrego a Ti todas as minhas dúvidas e incertezas.


Senhor, sonda meu coração e conhece meus caminhos. Sei que, por mais que eu me esforce, não posso controlar a natureza, pois és Tu quem visitas os depósitos de neve e guardas o granizo como armas para os tempos de angústia.


Olho para os relâmpagos que se dividem e o vento leste que se dispersa, e percebo a Tua mão poderosa sobre toda a criação. E, com reverência, reconheço que és Tu, e somente Tu, quem abriu um canal para as chuvas torrenciais e definiu o percurso dos relâmpagos.


Agora, em oração, confio em Teu amor e cuidado, pois és Tu quem faz a chuva cair sobre a terra árida, no deserto onde ninguém habita. Em Tua sabedoria, proporcionas vida mesmo em lugares estéreis.


Portanto, rendo-me a Ti, ó Deus, e entrego meu coração em total adoração. Reconheço que minha compreensão é limitada, mas confio em Tua soberania e providência. Ajuda-me a caminhar com humildade diante de Tua grandiosidade, e que minha vida seja um reflexo da Tua luz e amor.


Em nome de Jesus Cristo, Amém.









Comments

  1. Simples e poderoso estad questões e entender que este Deus nos Ama Incondicional e Ele nos chama de filhos e quer ter comunhão conosco Emanuel.Ele ao contrario dos amigos de Jó não acusou Jó de ser desobediente ou de ter cometido um pecado ou ocultado alguma coisa a Deus,mas pelo contrário Ele ouviu os questionamentes de Jó e seus amigos e depois responeu as questões com perguntas que nos ensina a buscar este entebdimento que somos Finitos e Ele é Infinito seu Amor é Incondicional e a sua Graça e Misericordia se renova todas as manhã.

    ReplyDelete

Post a Comment

Popular posts from this blog

A Falsa Paz do Cavaleiro Branco – Apocalipse 6:1-3

Uma Introdução ao Capítulo 8 de Romanos: A Liberdade em Cristo

A Queda do Homem: O Pecado de Adão e Sua Transmissão à Humanidade