Entre a Ressurreição Perigosa e a Fuga para Não Morrer de Novo: Navegando os Labirintos da Religião e da Busca Espiritual
Quando o povo soube da chegada de Jesus, correu para vê-lo, e também a Lázaro, a quem Jesus havia ressuscitado dos mortos. Então os principais sacerdotes decidiram matar também Lázaro. Jo:12:9,10
Bem, parece que Lázaro realmente viveu uma experiência de "ressurreição perigosa". Primeiro, ele volta dos mortos e todos querem dar uma espiadinha no seu "retorno triunfante". Mas aí os sacerdotes ficam com ciúmes da sua fama e pensam: "Temos que matar esse cara mais uma vez". Parece que Lázaro estava lidando com um dilema literalmente mortal: fugir para sobreviver à possibilidade de morrer novamente. Acho que agora ele tem uma história para contar no além-túmulo.
Podemos afirmar sem medo de errar que a religião é um câncer na sociedade. Bem, talvez você fique assustado com essa afirmação, pois com certeza você já se identificou como tendo a religião cristã. No entanto, se você tem acompanhado esta leitura em João, vemos que a partir do capítulo 8, Jesus confronta os religiosos diretamente. Foi o grupo que ele mais enfrentou. Por quê? Veja o que João descreve: "Os principais decidiram matar também Lázaro". Tente se colocar no lugar de Lázaro ou das duas irmãs. Com certeza, elas perguntavam: "Pelo amor de Deus, este homem acabou de ser ressuscitado e agora tem que fugir para não morrer de novo?"
Portanto, o que Jesus propõe não é uma religião, mas sim um relacionamento. O cerne do cristianismo reside na concepção de que se trata mais de um relacionamento íntimo e vivo com Deus do que de uma mera religião. Nessa perspectiva, a fé cristã transcende rituais e formalidades, centrando-se no vínculo pessoal e transformador estabelecido por meio de Jesus Cristo. Através dele, os cristão encontram uma vida plena e significativa, enraizada na promessa de uma existência abundante tanto espiritual quanto emocionalmente.
Esse relacionamento profundo também se reflete na compreensão da atuação do Espírito Santo na vida dos cristãos. O Espírito capacita, guia e transforma interiormente, permitindo que os seguidores de Cristo superem suas fraquezas e vençam os desafios da vida. Esse enfoque vai além de uma abordagem baseada em regras e normas, direcionando-se para a autêntica liberdade que vem do perdão e redenção através da morte e ressurreição de Jesus. Assim, o cristianismo se destaca como um convite a experimentar a plenitude da vida por meio de um relacionamento vivo e dinâmico com o Deus que oferece amor, graça e transformação.
Veja um outro exemplo negativo de religião,Judas
Nesse versículo, encontramos uma conexão intrigante entre a atitude de Judas e a noção de uma religião vazia, baseada em interesses pessoais. Judas critica o ato de Maria de ungir os pés de Jesus com um perfume caro, argumentando que o perfume poderia ter sido vendido para ajudar os pobres. À primeira vista, essa observação parece altruísta, como se Judas estivesse preocupado com os necessitados. No entanto, o texto revela uma motivação diferente e mais sombria por trás dessa fala.
O versículo expõe que Judas não se importava genuinamente com os pobres. Sua preocupação aparente era, na verdade, uma fachada para encobrir seus próprios interesses egoístas. O texto revela que ele era um ladrão e estava desviando dinheiro do grupo. Essa atitude demonstra uma religiosidade vazia, na qual a aparência de retidão é mantida apenas para satisfazer objetivos pessoais.
Essa conexão aponta para uma crítica mais ampla à superficialidade religiosa, que enfatiza ações aparentemente boas para mascarar intenções egoístas. Esse tipo de abordagem reduz a religião a uma série de atos externos que carecem de autenticidade e amor verdadeiro. Enquanto Judas critica o "desperdício" do perfume, ele próprio está envolvido em um verdadeiro desperdício de valores morais e espirituais ao trair a confiança de Jesus e de seus companheiros discípulos.
Portanto, esse versículo serve como um lembrete poderoso de que a religião sem um coração verdadeiro e generoso é vazia e inadequada. Ele destaca a importância de uma fé que vai além das aparências e das ações superficiais, enfatizando um relacionamento genuíno com Deus e um compromisso sincero em viver de acordo com os valores espirituais.
Outros defeitos religiosos:
O versículo "Vocês sempre terão os pobres em meio a vocês, mas nem sempre terão a mim" (João 12:8) desafia a narrativa do evangelho da prosperidade ao enfatizar que a riqueza material não é a principal recompensa da fé cristã. Enquanto o evangelho da prosperidade muitas vezes promete bênçãos materiais como evidência de uma fé forte, ou outros mais sutis, conhecidos como coachs financeiros que ensinam que você precisa ser liberto da mentalidade de pobreza, que você precisa destravar, captar o código - esses são como encantadores de serpentes e, no final, eles querem vender para você seus cursos.
Eu lhes digo a verdade: se o grão de trigo não for plantado na terra e não morrer, ficará só. Sua morte, porém, produzirá muitos novos grãos. Quem ama sua vida neste mundo a perderá. Quem odeia sua vida neste mundo a conservará por toda a eternidade. Se alguém quer ser meu discípulo, siga-me, pois meus servos devem estar onde eu estou. E o Pai honrará quem me servir. Jo 12:24-26
em João 12:24-26, destaca um princípio fundamental do cristianismo que contrasta com algumas das ideias promovidas pelo evangelho da prosperidade. Jesus compara a sua própria morte e ressurreição ao processo de um grão de trigo que precisa ser plantado e morrer para produzir muitos frutos. Essa analogia reflete o sacrifício de Jesus como um ato essencial para a redenção da humanidade.
A mensagem aqui é a de que o verdadeiro discipulado e a vida cristã não se baseiam em ganhos materiais ou prosperidade terrena imediata. Em vez disso, enfatiza a importância de sacrificar as prioridades mundanas e abraçar um compromisso mais profundo com Deus. A ideia de "quem ama sua vida neste mundo a perderá" sugere que o foco excessivo nas aquisições materiais e no conforto mundano pode levar à perda da verdadeira essência espiritual.
Esse ensinamento contrasta com a mentalidade do evangelho da prosperidade, que frequentemente promove a ideia de que a fé é um meio garantido para alcançar riquezas e sucesso material. Enquanto o evangelho da prosperidade tende a enfatizar o desejo de conforto e sucesso neste mundo, o ensinamento de Jesus destaca a importância de renunciar a essas preocupações em prol de uma vida centrada em valores eternos.
O chamado de Jesus para segui-Lo, estar onde Ele está e servir em Seu nome aponta para um compromisso de dedicação, amor e serviço, independentemente das recompensas materiais imediatas. Isso ressalta a importância de um discipulado verdadeiro que vai além da busca de ganhos pessoais e, em vez disso, busca uma conexão profunda com Deus e uma vida de propósito e serviço que perdurará para a eternidade.
OREMOS
Querido Deus,
Neste momento de reflexão e comunhão, dirigimos nossos corações a Ti, reconhecendo a profunda sabedoria contida nas palavras de Jesus. No livro de João,encontramos um princípio fundamental que ressoa em nossas almas e desafia as concepções mundanas.
Senhor, a analogia do grão de trigo que precisa ser plantado e morrer para produzir frutos é um lembrete poderoso de que o verdadeiro valor do discipulado e da vida cristã transcende os ganhos materiais e a busca da prosperidade terrena imediata. O sacrifício de Jesus, Sua morte e ressurreição, são o alicerce de nossa redenção, e nesse ato encontramos a verdadeira riqueza espiritual.
Ajuda-nos a discernir a diferença entre as promessas vazias do evangelho da prosperidade e a profundidade do compromisso que Jesus nos chama a abraçar. Que possamos compreender que a verdadeira essência espiritual reside em nosso relacionamento contigo, e que nossa busca deve ser por valores eternos, não pelas recompensas efêmeras deste mundo.
Senhor, guia-nos para uma vida de sacrifício e serviço em Teu nome, independentemente das recompensas materiais imediatas. Que possamos amar nossa vida neste mundo apenas para perdê-la, para que possamos ganhar a vida eterna ao Te seguir fielmente.
Que o chamado de Jesus para seguir-Te seja o farol que nos orienta, que nos inspira a viver com dedicação, amor e serviço, sabendo que a verdadeira riqueza se encontra na Tua presença e na obediência à Tua vontade.
Em nome de Jesus, que plantou Sua vida para colher a redenção da humanidade, oramos e agradecemos. Amém.
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