A Soberania Divina sobre a Natureza: Onde Estava Deus na Catástrofe do Sul do Brasil?

Sei que um tema assim normalmente chamará a atenção de alguns de vocês que nunca leram os artigos que tenho postado aqui, então gostaria de fazer um pequeno comentário. Este é um blog de cunho cristão. Eu creio na Bíblia, de capa a capa. Creio que ela é a palavra de Deus e que o maior propósito de um ser humano é conhecer a Deus, revelado nas Escrituras em Cristo Jesus. Todos aqueles que o reconhecem como Senhor e Salvador experimentarão uma mudança radical, um novo nascimento, como as escrituras ensinam, acompanhado de um processo constante em suas vidas, o que a Bíblia chama de santificação. Como as próprias Escrituras dizem: 'Sem santificação, ninguém verá a Deus.

Então, este blog surgiu como fruto de minha devoção diária, e assim compartilho online este estudo que creio ser de enorme proveito para minha vida e espero que seja para você que está lendo este artigo.

Antes de mergulharmos diretamente em nosso estudo de hoje, no qual abordaremos a soberania de Deus em relação à natureza, gostaria de destacar que estamos dedicando nossos dias ao estudo desse tema. Antes de fazer qualquer comentário, gostaria de mencionar que minhas orações estão com meus irmãos brasileiros e outros que moram no sul do Brasil, onde fortes chuvas e enchentes afetaram significativamente o estado do Rio Grande do Sul. É relatado que Porto Alegre, a capital do estado, enfrentou a maior enchente de sua história. Bairros inteiros ficaram completamente inundados, e muitos moradores ficaram sem acesso à água e eletricidade. O nível do Guaíba, um lago na região, atingiu o maior patamar em anos, com medições apontando 5,12 metros. Milhares de pessoas estão desabrigadas e centenas perderam suas vidas, uma situação extremamente triste para o nosso Brasil.

Então, esse tipo de desastre tem acontecido em todo o mundo. Eu poderia também mencionar outros momentos, como o devastador tsunami de 2004 no Oceano Índico, que ceifou a vida de aproximadamente 230.000 pessoas. Esse evento é considerado um dos maiores desastres naturais da história moderna.

Frente a situações como a que testemunhamos no Rio Grande do Sul, emerge uma das questões mais antigas e profundas da humanidade: onde está Deus nas tragédias?

O problema pode ser resumido da seguinte forma: se Deus deseja eliminar o sofrimento, mas não pode, não é onipotente. Se pode, mas não deseja, não é benevolente. Se não deseja e não pode, não é nem onipotente nem benevolente, e, assim, não se encaixa na definição de Deus. Bem qual a resposta biblica  para esta questão : o Soberano Deus estava, está e estará no controle de tudo que acontece ao nosso redor. 

...saiba que não há outro Deus;

eu sou o Senhor, e não há outro.

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Formo a luz e crio as trevas,

trago a paz e crio a calamidade;

eu, o Senhor, faço essas coisas.

Isaias 45:6,7

É evidente que a explicação bíblica nos desconcerta, pois desejamos entender se Deus permitiu, e por qual razão. Bem, esta é uma parte que nos humilha, pois Ele não nos fornece uma resposta clara. Somente aqueles que já passaram por certas tragédias sabem o que estou prestes a dizer; esses compreenderam especificamente, para suas vidas, o ensinamento de Romanos 8:28: "E sabemos que Deus faz todas as coisas cooperarem para o bem daqueles que o amam e que são chamados de acordo com o seu propósito.

Observemos agora como ele marca todos os Seus caminhos e tratos.

Antes da criação do universo, Deus reinava soberano na solidão da eternidade. Nesse período distante, onde nem mesmo os céus e a terra haviam sido concebidos, Ele habitava em Sua majestade solitária, sem anjos para entoar louvores ou criaturas para chamar Sua atenção. Nesse estado primordial, Deus era soberano em Sua decisão de criar ou não, de moldar o universo conforme Sua vontade. Ele detinha o poder absoluto de determinar o curso da criação, desde a gênese de um único mundo até a concepção de uma miríade de universos, sem que houvesse quem questionasse Sua autoridade.

Essa soberania divina se estendia até aos mínimos detalhes da criação. Ele poderia formar uma diversidade infinita de criaturas, cada uma com suas características únicas, sem que ninguém contestasse Seu direito. Se assim desejasse, poderia criar desde os seres mais exaltados, como os serafins ao redor de Seu trono, até os seres mais humildes, como um pequeno inseto que vive apenas por um breve instante. A amplitude dessa soberania divina era tal que Ele poderia estabelecer uma vasta graduação em Seu universo, desde as grandiosas órbitas dos mundos celestiais até os menores átomos flutuantes, sem que houvesse quem questionasse Seu propósito.

Contemple então o exercício da Divina Soberania muito antes de o homem ter visto a luz. Com quem consultou Deus na criação e disposição de Suas criaturas? Veja os pássaros enquanto voam pelo ar, as feras enquanto percorrem a terra, os peixes enquanto nadam no mar, e então pergunte, Quem foi que os fez diferentes? Não foi o Criador deles que, de maneira soberana, atribuiu a eles suas várias localizações e adaptações?

Volte seu olhar para os céus e observe os mistérios da Divina Soberania que confrontam o observador atento: "Há uma glória do sol, e outra glória da lua, e outra glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória da outra estrela" (1 Coríntios 15:41). Mas por que isso deveria ocorrer? Por que o sol deveria ser mais glorioso do que todos os outros planetas? Por que deveria haver estrelas de primeira grandeza e outras de décima? Por que tamanhas desigualdades? Por que alguns corpos celestes estão mais favoravelmente posicionados do que outros em relação ao sol? E por que deveria haver "estrelas cadentes", estrelas em queda, "estrelas errantes" (Judas 1:13), em uma palavra, estrelas arruinadas? E a única resposta possível é: "Por tua vontade existem e foram criadas" (Apocalipse 4:11).

Mas considere agora o reino vegetal. Por que as rosas devem ter espinhos, e os lírios crescerem sem eles? Por que uma flor deve emitir um aroma fragrante e outra não ter nenhum? Por que uma árvore deve dar frutos que são saudáveis e outra dar frutos venenosos? Por que uma planta deve ser capaz de suportar a geada e outra murchar sob ela? Por que uma macieira deve estar carregada de frutas, e outra árvore da mesma idade e no mesmo pomar estar quase estéril? Por que uma planta deve florescer uma dúzia de vezes por ano e outra dar flores apenas uma vez por século? Verdadeiramente, "tudo quanto o Senhor quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos" (Salmos 135:6).

Considere as hostes angelicais. Certamente encontraremos uniformidade aqui. Mas não; ali, como em outros lugares, é exibida a mesma vontade soberana do Criador. Alguns estão em posição mais alta do que outros; alguns são mais poderosos do que outros; alguns estão mais próximos de Deus do que outros. A Escritura revela uma graduação definida e bem definida nas ordens angelicais. Do arcanjo, passando pelos serafins e querubins, chegamos às "principados e potestades" (Efésios 3:10), e das principados e potestades aos "governos" (Efésios 6:12), e então aos próprios anjos, e até entre eles lemos dos "anjos eleitos" (1 Timóteo 5:21). Novamente perguntamos, por que essa desigualdade, essa diferença de posição e ordem? E tudo o que podemos dizer é "Nosso Deus está nos céus, fez tudo o que lhe agradou" (Salmos 115:3).

Aprenda então esta verdade básica: o Criador é absolutamente Soberano, executando Sua própria vontade, realizando Seu próprio prazer e considerando nada além de Sua própria glória. "O Senhor fez todas as coisas PARA SI MESMO" (Provérbios 16:4). E Ele não tinha o direito perfeito de fazê-lo? Uma vez que Deus é Deus, quem ousaria desafiar Sua prerrogativa? Murmurar contra Ele é rebelião flagrante. Questionar Seus caminhos é questionar Sua sabedoria. Criticá-Lo é pecado da mais profunda tinta. Esquecemos quem Ele é? Eis que "todas as nações diante dele são como coisa que não é nada, e menos do que nada e vaidade. Com quem, pois, comparareis Deus?" (Isaías 40:17, 18).

Pense e medite neste texto abaixo:

"Saiba que não há outro Deus;

eu sou o Senhor, e não há outro.

Formo a luz e crio as trevas,

trago a paz e crio a calamidade;

eu, o Senhor, faço essas coisas."

(Isaías 45:6,7)

Oremos

Senhor soberano e misericordioso,

Hoje nos encontramos contristados diante das tragédias que assolam nossos irmãos no sul do Brasil e em todo o mundo. Nestes momentos sombrios, buscamos consolo em Ti, pois reconhecemos que és o Soberano que tem controle sobre todas as coisas.

Olhamos para os relatos de enchentes, perdas de vidas e desabrigados, e nossos corações se entristecem. Sabemos que, embora não compreendamos completamente os propósitos de tais eventos, Tu estás no controle. Pedimos, Senhor, que tragas conforto aos corações aflitos e força àqueles que estão lidando com as consequências dessas tragédias.

Enquanto contemplamos as palavras das Escrituras que nos lembram da Tua soberania sobre toda a criação, somos humildes diante de Ti. Reconhecemos que és o Criador de todas as coisas, que formas a luz e crias as trevas, que trazes a paz e permites a calamidade. Em meio às incertezas deste mundo, encontramos segurança na Tua soberania e nos submetemos à Tua vontade.

Ajuda-nos a confiar em Ti, mesmo quando os eventos ao nosso redor parecem inexplicáveis. Que possamos encontrar consolo nas promessas das Escrituras, sabendo que Tu fazes todas as coisas cooperarem para o bem daqueles que Te amam. Que possamos encontrar paz no conhecimento de que és o Senhor, e não há outro Deus.

Que as nossas vidas sejam testemunhas da Tua soberania e do Teu amor, mesmo nos momentos mais difíceis. Capacita-nos a ser instrumentos de consolo e esperança para aqueles que estão sofrendo, para que possam experimentar a Tua graça e o Teu amor em meio às adversidades.

Em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, oramos. Amém.