Desvendando a Verdadeira Identidade de Deus: Uma Jornada para Além da Caricatura Contemporânea
Neste momento, estamos abordando os atributos de Deus e o conhecimento da pessoa de Deus. Já exploramos a incompreensibilidade de Sua natureza, Sua autoexistência como ser eterno e autossuficiente, e Sua espiritualidade. Também discutimos os atributos de Deus: Onipotência, Onisciência e Onipresença. Hoje, vamos nos concentrar na pessoalidade de Deus. A pessoalidade de Deus refere-se à compreensão de que Ele é uma pessoa, com características de personalidade. Vamos explorar alguns aspectos dessa ideia:
Inteligência: Deus é capaz de pensar e raciocinar.
Sensibilidade: Ele possui emoções e é sensível às nossas necessidades e sentimentos.
Vontade: Deus faz escolhas e toma decisões.
Ouvi esta narrativa de um pastor conhecido nos dias atuais. Ele contou que uma mulher veio até ele, extremamente irritada, dizendo: "Doutor, estou furiosa! Por que minha filha... o que está acontecendo? Estou irritada com meu pastor porque a cada domingo parece que ele trabalha arduamente para esconder a verdadeira identidade de Deus. Tenho a intenção de adorar a Deus sinceramente, vou ao culto para louvar e adorar o Deus verdadeiro, mas sinto que o Deus que ele apresenta não é o Deus da Bíblia. É um Deus inofensivo, domesticado, dócil, um Deus que não inspira respeito." Ele não respondeu à causa disso. Talvez, minha filha, é que esses pastores tenham medo de assustar sua congregação ao revelar a verdadeira identidade de Deus, para manter seus membros confortáveis e dar a eles o que querem ouvir. É uma questão séria, não é mesmo?
Essa é a realidade dos nossos dias: as pregações contemporâneas estão obscurecendo a verdadeira identidade de Deus, retratando-o como um Deus inofensivo, fraco, tímido, e mais inclinado à compaixão do que ao temor. Isso afasta as pessoas quando se trata de abordar os atributos de Deus. Antes que você pense que estou apenas sendo crítico, deixe-me compartilhar meu próprio testemunho: no início da minha jornada cristã, participei de um congresso com o tema "Uma Igreja com Propósito", onde visitei a Catedral de Cristal, liderada pelo pastor Robert Shuller. Lá, percebi que o ensinamento se baseava em como pregar para um público sensível e espiritualista, adaptando a mensagem aos seus interesses. Palavras doutrinárias duras eram para serem evitadas, a música seguia as tendências populares da rádio e até mesmo os louvores eram escolhidos com base nos gostos da juventude local. Essa abordagem foi ensinada por diversos pastores durante o congresso. Esse é o conceito predominante de Deus nesta era, no século 21, E uma caricatura lamentável do verdadeiro Deus, moldado pelas mentes e vontades humanas. Por isso, é essencial redescobrir Deus nas Escrituras e seus atributos nos ajudam nisso. Vamos explorar mais um atributo de Deus.
A pessoalidade de Deus
Ele é uma pessoa viva, com características de personalidade. Vamos explorar alguns aspectos dessa ideia
Deus Criou o Homem à Sua Imagem
O livro de Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, nos oferece um vislumbre do ato criativo de Deus:
"Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..." (Gênesis 1:26a)
Aqui, Deus usa a primeira pessoa do plural, "nós" e "nossa", sugerindo uma comunidade intrínseca dentro de Sua própria natureza. Essa linguagem implica uma dimensão relacional e pessoal em Deus.
Deus Interage com o Homem
Ao longo das Escrituras, vemos inúmeras instâncias de Deus interagindo de maneira pessoal com Seu povo. Por exemplo, em Êxodo, Ele fala com Moisés da seguinte forma:
"Disse-lhe mais o Senhor: Certamente voltarei a ti por este tempo daqui a um ano; e eis que Sara tua mulher terá um filho." (Gênesis 18:10)
Essa interação direta e verbal evidencia a personalidade de Deus e Sua capacidade de se comunicar de forma significativa com os seres humanos.
Jesus Cristo: A Encarnação de Deus
A crença cristã na Trindade, que afirma que Deus existe como três pessoas distintas - Pai, Filho e Espírito Santo - também destaca a natureza pessoal de Deus. Em João 1:1, é dito:
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."
Aqui, "o Verbo" se refere a Jesus Cristo, que é descrito como Deus e, ao mesmo tempo, distinto Dele. A encarnação de Jesus como um ser humano demonstra a profundidade do amor e da interação pessoal de Deus com Sua criação.
Deus como Pai
A imagem de Deus como um pai amoroso é central para a compreensão cristã de Sua natureza pessoal. Em Mateus 6:9, Jesus instrui Seus discípulos a orar da seguinte maneira:
"Pai nosso, que estás nos céus..."
Essa relação de paternidade implica não apenas uma conexão pessoal, mas também uma disposição para cuidar, orientar e amar incondicionalmente.
Conclusão
À luz desses versículos bíblicos e muitos outros, reconhecer Deus como uma pessoa é essencial para a fé cristã. Ele não é apenas uma força impessoal ou uma entidade distante, mas um Ser pessoal que se envolve ativamente com Sua criação. Esta compreensão tem implicações profundas em nossa prática de fé e em nossas vidas diárias.
Reconhecer Deus como uma pessoa significa que Ele se importa conosco individualmente, conhece nossos pensamentos mais íntimos e se relaciona conosco de maneira pessoal. Isso nos incentiva a cultivar uma relação íntima com Ele, buscando-O em oração, meditação e estudo da Sua Palavra. Além disso, reconhecer a pessoalidade de Deus nos leva a confiar nEle em todas as circunstâncias, sabendo que Ele está presente e ativo em nossas vidas.
Essa compreensão também tem implicações em nossos relacionamentos com os outros. Se Deus é uma pessoa que valoriza o relacionamento, somos chamados a refletir esse valor em nossas interações com nossos semelhantes, buscando amá-los, perdoá-los e mostrar-lhes graça, assim como Deus faz conosco.
Portanto, reconhecer Deus como uma pessoa não é apenas uma questão teológica, mas tem implicações profundas em nossa prática de fé e em como vivemos nossas vidas. Nos leva a uma jornada de crescimento espiritual, comunhão com Deus e amor ao próximo, transformando não apenas nossas crenças, mas também nossas ações e atitudes.
Oremos
Neste momento de reflexão, somos lembrados do Seu ato criativo sublime, quando formou o homem à Sua imagem e semelhança. Ao dizer "Façamos o homem à nossa imagem", revelou Sua própria natureza relacional e pessoal. Em cada interação conosco, seja através de palavras faladas a Moisés ou na encarnação de Jesus Cristo, testemunhamos Sua personalidade amorosa e compassiva.
Como Pai amoroso, nos chamou a orar "Pai nosso, que estás nos céus", convidando-nos a uma relação íntima contigo. Reconhecemos, Senhor, que em Sua pessoalidade encontramos conforto e orientação, pois conhece nossos pensamentos mais íntimos e nos guia com amor incondicional.
Permita-nos, Senhor, compreender a profunda importância de reconhecê-Lo como uma pessoa em nossa fé. Que essa compreensão transforme não apenas nossas crenças teológicas, mas também nossas vidas diárias e relacionamentos. Que nossa jornada espiritual seja marcada por uma comunhão íntima contigo e por um amor que se estende a todos os nossos semelhantes.
Em nome de Jesus Cristo, nosso Salvador e Mediador, oramos. Amém.
Amém🙏🏼
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