Nos Fez Reis e Sacerdotes: Descobrindo Nossa Verdadeira Identidade em Cristo
Ao abrir o livro do Apocalipse, o apóstolo João saúda as sete igrejas da Ásia com palavras de graça e paz, e revela uma visão profunda e rica de quem é Jesus. Neste trecho, encontramos várias declarações importantes que nos ajudam a entender a identidade e o propósito de Cristo. Em particular, a passagem em Apocalipse 1:4-6
4 João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono;
5 E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,
6 E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém.
Este texto apresenta uma mensagem impactante sobre a realeza e o sacerdócio dos fiéis, recordando-nos do nosso papel em Cristo. Exploraremos o significado de "Aquele que é, que era e que há de vir", a função dos "sete espíritos" e o que implica sermos "transformados em reis e sacerdotes".
A Revelação de Jesus Cristo
No versículo 4, João escreve às igrejas da Ásia uma saudação que transcende o tempo e se estende a todos os crentes: “Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir”. Essa frase nos revela a eternidade de Deus, descrevendo-o como Aquele que existe em todos os tempos — passado, presente e futuro. Em outras palavras, Ele é o Deus eterno, imutável e soberano. Ele "é" em seu estado presente, "era" como o Deus que sempre existiu e "há de vir" como aquele que trará o cumprimento de todas as promessas.
Os Sete Espíritos Diante do Trono
A frase “da parte dos sete espíritos que estão diante do seu trono” levanta uma questão: quem são esses sete espíritos? Essa expressão é interpretada por muitos como uma referência ao Espírito Santo em sua plenitude e completude. Na Bíblia, o número sete muitas vezes simboliza perfeição e totalidade, sugerindo que os “sete espíritos” representam a plenitude do Espírito Santo e sua atuação divina. Podemos ver isso como uma forma de descrever a obra do Espírito Santo que está sempre presente diante do trono de Deus, atuando e ministrando ao mundo e à igreja.
Jesus, a Fiel Testemunha
João descreve Jesus como "a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra." Estes títulos são significativos, pois destacam a missão e a vitória de Cristo. Ele é a "fiel testemunha" que declarou a verdade de Deus com autoridade e cumpriu todas as promessas. Como o "primogênito dentre os mortos", Jesus é o primeiro a ressuscitar para a vida eterna, garantindo essa promessa a todos os que nele creem. Além disso, Ele é o "príncipe dos reis da terra", uma declaração de sua soberania e domínio sobre toda a criação. Jesus é aquele que reina acima de todos os governantes, e sua autoridade é inquestionável.
"Nos Fez Reis e Sacerdotes": O Papel dos Crentes
No versículo 6, João revela uma verdade extraordinária: “E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai”. Este é um dos aspectos mais profundos da nossa identidade em Cristo. Ser “reis” significa que temos autoridade espiritual e somos chamados a reinar com Cristo em sua vitória. Esta realeza espiritual não é sobre poder mundano, mas sim sobre o domínio sobre o pecado e a capacidade de viver uma vida de vitória.
Por outro lado, ser “sacerdotes” indica que temos acesso direto a Deus e que fomos chamados a interceder, louvar e ministrar diante dEle. No Antigo Testamento, o sacerdócio era restrito a poucos; mas, em Cristo, todos os crentes são sacerdotes. Isso significa que temos um relacionamento íntimo com Deus e o privilégio de representá-lo ao mundo, trazendo a luz de Cristo para aqueles ao nosso redor.
Essa identidade como reis e sacerdotes nos lembra que somos transformados pelo sangue de Jesus, que nos purificou dos pecados e nos habilitou a servir ao Pai com liberdade e gratidão. João termina essa passagem com uma doxologia: “a ele glória e poder para todo o sempre”, expressando o reconhecimento de que toda honra pertence a Deus e que o seu reino é eterno.
Conclusão
A passagem de Apocalipse 1:4-6 nos revela aspectos fundamentais de quem é Deus e qual é o nosso papel em sua obra. Ao nos fazer reis e sacerdotes, Deus nos concede uma posição privilegiada em seu reino, nos capacita para uma vida de santidade e nos chama a interceder e servir. Que possamos viver à altura dessa identidade, reconhecendo a soberania e o amor de Jesus, aquele que é, que era e que há de vir.
Que toda glória e poder sejam para Ele, nosso Senhor eterno.
Oremos
Ó Deus Soberano e Eterno,
Com humildade nos aproximamos de Ti, maravilhados e gratos por tamanha honra que Tu nos concedeste. Tu nos chamaste para ser Teus reis e sacerdotes, e nossa alma se enche de reverência e alegria por este privilégio imerecido.
Ó Senhor, que somos nós para receber tão sublime nome? Que mérito temos para que nos cubras com uma dignidade tão grande, para que nos chames ao Teu trono e nos faças herdeiros de Tua glória? Como reis, Tu nos dás poder sobre o pecado, força contra as trevas e autoridade para viver em santidade. Como sacerdotes, nos aproximas de Ti, abrindo o véu para que possamos Te adorar e interceder pelos outros, com corações purificados pelo Teu Filho.
Nós te bendizemos, ó Pai, pelo Teu amor que nos limpa de toda impureza e nos transforma. Por meio do sangue do Cordeiro, somos vestidos de pureza, cheios do Teu Espírito e capacitados para andar nos Teus caminhos. Somos chamados para refletir Tua luz e proclamar Tua verdade aos que estão ao nosso redor.
Concede-nos graça para viver com fidelidade esse chamado. Que nossa vida seja um reflexo de nossa posição em Ti, e que em cada pensamento, palavra e ação, possamos dar testemunho da Tua bondade e grandeza.
Recebe, Senhor, nossa gratidão eterna e nossa adoração sincera. Pois a Ti pertencem a glória, o poder e o domínio, agora e para sempre.
Em nome de Jesus, nosso Rei e Sacerdote Supremo, nós oramos, amém.
Amém🙏🏼
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