Festo Kivengere – A Graça Que Não Pede Permissão

 

Em meio às trevas da ditadura de Idi Amin, quando o sangue manchava o solo de Uganda e o medo calava profetas, levantou-se uma voz diferente — a de Festo Kivengere. Era a voz de um bispo anglicano que preferiu o evangelho da reconciliação ao eco do ressentimento. Onde tantos viam inimigos, ele via almas por quem Cristo morreu.

Chamado de "O Billy Graham da África", Kivengere não pregava apenas multidões — ele pregava contra o ódio, mesmo quando o ódio tinha nome, farda e armas. Sua fé floresceu no deserto da perseguição. Em 1977, quando seu amigo, o Arcebispo Janani Luwum, foi assassinado por ordem direta de Idi Amin, Kivengere soube que também estava na lista. Fugiu por uma montanha até alcançar a fronteira com Ruanda — e, mesmo de longe, escolheu perdoar quem tentou calá-lo.

Foi ali, no exílio, que escreveu um livro que ainda nos escandaliza:
📖 I Love Idi Amin.
Não é ironia. Não é marketing. É evangelho.

Ele escreveu:

É o poder do Espírito de Deus que nos capacita a amar os inimigos e orar por aqueles que nos perseguem. Eu não podia deixar de amar aquele por quem Cristo morreu.”

Festo nos ensina que perdão não é fraqueza — é força ungida.
Ele revela que o cristianismo não é apenas um sistema de crenças, mas um caminho vivo de reconciliação, mesmo quando o mundo diz que é impossível.

Sua vida foi um protesto contra a vingança.
Seu legado? Um povo que aprendeu que o perdão é a linguagem do céu falada em solo africano.




Senhor da cruz e da coroa,

Tu que perdoaste quando eras pregado,
ensina-nos a amar quando somos feridos.

Livra-nos da lógica da espada,
e reveste-nos com o manto da graça.

Dá-nos olhos como os de Teu servo Festo,
que viu em ditadores o eco da Tua imagem.

Ensina-nos que o sangue dos mártires fala,
mas o perdão de um justo grita o Teu nome.

Queremos viver com a coragem da mansidão,
e morrer — se for preciso — com o louvor nos lábios.

Até que o último inimigo se curve,
não à nossa força,
mas ao Teu amor incompreensível.

Em nome de Cristo,
o Rei que perdoa.
Amém.

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