Jesus é o Problema – Ele Disse: “Se vocês não comerem a carne do Filho do Homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos.”

 



(João 6:53–54, NVT)

Se vocês não comerem a carne do Filho do Homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.”

1. Introdução – O Escândalo das Palavras de Jesus

Poucas afirmações de Jesus causaram tanto desconforto quanto esta. Muitos que O seguiam ficaram chocados, e alguns até O abandonaram naquele dia (João 6:66). A linguagem era direta, sem suavidade: comer Sua carne e beber Seu sangue. Não havia espaço para metáforas diluídas. Jesus estava afirmando que a vida eterna depende totalmente Dele — e de forma tão vital quanto o pão e a água são para o corpo.


2. Exposição – A União Vital com Cristo

O que significa “comer” e “beber” Cristo? Não se trata de canibalismo literal, mas de receber, pela fé, tudo o que Ele é e tudo o que Ele fez por nós. É nutrir nossa alma com o Seu corpo entregue na cruz e o Seu sangue derramado para a remissão de pecados. É depender Dele diariamente como o único sustento espiritual.
Jesus não está oferecendo um acessório religioso para nossa vida; Ele está se apresentando como o alimento indispensável. Sem essa união, “não terão vida em si mesmos” — podemos ter religiões, filosofias, boas obras, mas estaremos espiritualmente mortos.


3. Contraste – O Mundo Diz: “Cada um vive a espiritualidade à sua maneira”

O pensamento moderno trata espiritualidade como um self-service: cada pessoa pega o que acha melhor. É possível até incluir Jesus no prato — mas como mais um ingrediente, não como o prato principal.
Só que Jesus destrói essa ilusão. Ele não se coloca ao lado de Buda, Alá, energias cósmicas ou técnicas de autoajuda. Ele declara exclusividade e necessidade absoluta. Essa não é uma espiritualidade maleável; é um chamado à rendição completa.


4. Aplicação – Jesus Não É Suplemento, É Sustento

Podemos ir à igreja, participar de rituais, falar Dele… mas, se não vivemos Dele, estamos apenas encenando religiosidade. A fé verdadeira não é apenas crer em Jesus como figura histórica ou moral, mas alimentar-se Dele todos os dias — por meio da Sua Palavra, da oração, da comunhão, e da obediência sacrificial.
O mundo tolera Jesus como mestre, mas se incomoda com Jesus como pão exclusivo. Por isso Ele é “o problema”: porque nos força a depender apenas Dele, matando nossa independência espiritual.


5. Conclusão – Vida ou Morte

Ou Cristo é o nosso sustento diário, ou estamos condenados à fome eterna. Essa não é uma questão de gosto ou de opinião; é uma questão de vida ou morte. No último dia, só ressuscitarão para a vida aqueles que, aqui e agora, vivem Dele.


Senhor Todo-Poderoso e Sustentador das nossas almas,
reconhecemos que, sem Ti, estamos mortos, ainda que respiremos.
Confessamos que muitas vezes tentamos nos saciar com o pão do mundo,
mas ele nos deixa vazios e enfermos.

Alimenta-nos com Cristo — Seu corpo entregue, Seu sangue derramado,
para que a nossa fé não seja teoria, mas vida pulsando em comunhão contigo.

Dá-nos fome constante de Ti e sede que nada mais pode apagar,
até que cada pensamento, desejo e ação sejam nutridos pela Tua graça.

Guarda-nos de buscar mesas estranhas e manjares contaminados,
e firma-nos diante do banquete eterno que já começa agora em Cristo.

Até o dia em que, ressuscitados, nos assentaremos contigo,
no banquete sem fim do Reino, para louvar-Te eternamente.
Amém.

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