Jesus é o Problema: Ele Condena os Assassinos


“Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os imorais, os feiticeiros e os idólatras terão a sua parte no lago de fogo, que é a segunda morte.” (Apocalipse 21:8, NVT)

A lista de Apocalipse 21:8 é como um espelho que expõe, um a um, os inimigos da santidade. Ontem Ele falou dos depravados, hoje Ele aponta o dedo para os assassinos.

A denúncia de Cristo

Jesus não trata o assassinato como algo distante de nós, restrito a prisões de segurança máxima ou manchetes de jornal. Ele mesmo disse:

“Vocês ouviram que foi dito aos seus antepassados: ‘Não mate’. Quem cometer assassinato estará sujeito a julgamento. Eu, porém, lhes digo: se ficarem com raiva de alguém, estarão sujeitos a julgamento!” 

(Mateus 5:21–22, NVT)

Percebe? Jesus não deixa espaço para nos escondermos. O assassino não é só quem tira a vida de outro com armas ou facas. Segundo Ele, quem cultiva ódio, rancor e desprezo já caminha pela estrada da morte. Diante de Deus, o ódio é uma forma de homicídio espiritual.

O problema que Jesus expõe

O mundo tenta relativizar: “Eu nunca matei ninguém, então sou uma boa pessoa”. Mas Cristo rasga essa máscara e mostra que o coração humano é uma fábrica de assassinatos silenciosos:

  • assassinamos na língua, quando destruímos a reputação de alguém;

  • assassinamos no pensamento, quando desejamos o mal;

  • assassinamos no coração, quando nutrimos rancor sem perdão.

O problema não é apenas a violência que estampa o noticiário, mas a violência escondida dentro de nós.

O destino dos assassinos

João é claro: “terão a sua parte no lago de fogo”. Essa não é uma metáfora leve. Cristo está dizendo que o assassino — de fato ou de coração — que não se arrepende, não herdará o Reino. Não existe espaço para homicidas na Nova Jerusalém. O Reino de Deus é vida abundante, e não há lugar nele para aqueles que amam a morte.

A esperança em Cristo

Mas aqui está a glória da graça: até os assassinos podem ser lavados. Paulo lembra:

“Alguns de vocês eram assim, mas foram purificados, foram santificados, foram declarados justos diante de Deus no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” (1 Coríntios 6:11, NVT)

Foi assim com Paulo, que consentiu na morte de Estevão e perseguia cristãos. Foi assim com Davi, que planejou a morte de Urias. Ambos foram perdoados porque se quebrantaram diante do Senhor. A mesma esperança está aberta hoje para todo coração endurecido pelo ódio.

Conclusão 

Jesus é o problema para os assassinos porque expõe que o homicídio começa no coração. Ele não aceita desculpas, não atenua a gravidade. Mas Jesus também é a solução: aquele que morreu nas mãos de assassinos e ressuscitou oferece vida nova até aos piores criminosos e aos que assassinam em silêncio pelo ódio.

Hoje, o problema talvez não esteja no noticiário, mas dentro de você. Há alguém que você precisa perdoar? Há rancor guardado? Não deixe que sua raiva seja sua sentença. Leve-a à cruz, antes que ela leve você ao lago de fogo.



Senhor da Vida, reconhecemos que em nossos corações já cometemos assassinatos com o ódio, o desprezo e a indiferença. Purifica-nos de toda amargura, arranca a raiz da raiva que gera morte, e enche-nos com o amor de Cristo que perdoa e restaura. Dá-nos graça para viver como embaixadores da vida, testemunhando que só em Ti há paz. Amém.

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