Pangeia — Quando a Terra Era Uma Só

 



A Terra e os Mares: O Terceiro Dia da Criação

E disse Deus: ‘Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca’; e assim foi.
E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom
.”
(Gênesis 1:9–10)

Chegamos a um daqueles versículos que todos já lemos muitas vezes, mas poucos pararam para observar com atenção. Você está vendo o que está escrito? Deus ordenou que as águas debaixo dos céus se juntassem em um só lugar, e apareceu uma única porção seca. Uma só. Uma Terra.

Hoje olhamos para o mapa e vemos cinco, seis, até sete continentes espalhados pelo globo — mas o texto de Gênesis fala de uma só massa continental. E é aqui que a ciência, ainda que sem intenção, acaba confirmando a narrativa bíblica.

A Terra Original: Uma Só Porção Seca

Os geólogos chamam essa antiga massa de Pangeia — palavra grega que significa “toda a Terra”. Segundo o modelo científico, em um passado remoto, todos os continentes estavam unidos como um imenso quebra-cabeça encaixado com perfeição. Basta observar os contornos da África e da América do Sul: parecem peças que um dia estiveram juntas.

Deus não descreve o processo técnico, mas o resultado: as águas se juntam e a Terra aparece. É um ato de soberania, de ordem e propósito. Onde antes havia caos e profundezas, surge o cenário que abrigaria rios, florestas, montanhas e, finalmente, a vida. Cada detalhe — desde a separação das águas até o nome “Terra” e “Mares” — revela um Deus que nomeia, organiza e declara: “Isto é bom.”

A Grandeza do Relato
Quando lemos que Deus ordenou: “Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca”, percebemos algo de grandioso e profundo. Uma porção de terra surgiu — exatamente como o texto sagrado afirma. E, curiosamente, é isso que a própria geologia moderna reconhece: houve um tempo em que as águas se reuniram, e as massas continentais emergiram. Essa constatação não diminui a fé, antes a confirma. É como se a ciência, após séculos de escavações e teorias, acabasse por dar razão ao antigo relato de Moisés.

Pense por um instante: 

Se o texto dissesse o contrário — que Deus criou várias porções de terra espalhadas ao acaso — os geólogos diriam, sem hesitar, que se trata de um conto de fadas. Mas o fato é que a Escritura fala de um único ajuntamento de águas e de uma porção seca que apareceu — exatamente o que os estudos científicos observam nas formações continentais e nas placas tectônicas. Isso é uma prova cabal da veracidade das Escrituras, uma grandeza espetacular que transcende o tempo e desafia o ceticismo humano.

O relato bíblico não é poesia ingênua, mas registro divino. Ele carrega em si a precisão de quem conhece os fundamentos do cosmos, porque foi o próprio Autor do cosmos quem inspirou cada palavra.

Encorajamento: Confiando na Palavra


O relato da criação não é um conto antigo, é uma revelação viva.
Cada versículo nos convida a contemplar a fidelidade de Deus e a confiarmos que as Escrituras não precisam de atualização, apenas de atenção. Quando abrimos a Bíblia, seguramos nas mãos o testemunho do próprio Deus sobre o início de todas as coisas.

E se Ele pôde organizar mares e montanhas com uma só palavra, será que não pode organizar também o caos da nossa vida?

Deus viu que era bom — e continua vendo.

Mas espere... sabemos que os críticos não dormem. Eles dirão: “Ah, mas e a distância dos continentes? Isso não prova que se passaram milhões de anos?” Pois bem, não feche o livro ainda. Amanhã, na segunda parte, falaremos sobre isso.


Ó Deus de toda a criação,
Tu falaste, e as águas se juntaram em um só lugar;
Tu ordenaste, e a porção seca apareceu diante dos Teus olhos.
Assim, formaste a Terra e os Mares, e tudo o que neles há,
E declaraste que era bom.

Nós Te adoramos, Senhor,
Pois contemplamos na ordem do mundo o reflexo da Tua sabedoria.
Nenhum continente se move sem o Teu consentimento,
Nenhuma onda ultrapassa o limite que Tu mesmo estabeleceste.

Quando olhamos para os mares, lembramos de Teu poder;
Quando pisamos a terra firme, lembramos de Tua fidelidade.
Ensina-nos a viver com o mesmo senso de maravilha
Que teve Moisés ao escrever: “E assim foi.”

Dá-nos fé para crer que tudo o que existe foi feito por Tua palavra,
E coragem para defender a veracidade das Tuas Escrituras
Contra toda dúvida e zombaria dos homens.

Ó Criador eterno,
Assim como ajuntaste as águas e fizeste surgir a Terra,
Ajunta também os fragmentos dispersos do nosso coração,
E faze brotar em nós o solo fértil da fé e da obediência.

Em nome de Cristo, o Verbo por meio do qual tudo foi criado,
Nós oramos. Amém.


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