🚩 Parada Obrigatória — A Idade do Universo: Milhares ou Bilhões de Anos?
Antes de entrarmos no tema de hoje, preciso que você me conceda um pequeno favor: deixe-me apresentar minha nave — a “Luzlina 1”, uma engenhoca meio maluca que inventei só para nos divertirmos enquanto pensamos.
Ela é barulhenta, piscante e viaja não na velocidade do som, mas — prepare-se — na velocidade da luz!
Antes que você me acuse de delírio científico, vamos combinar: isso é pura imaginação, combinado?
Na realidade, nenhum ser humano conseguiria fazer isso hoje. A física é bem clara: quanto mais rápido um corpo com massa tenta se mover, mais energia ele precisa. Para atingir a velocidade da luz, seria necessário energia infinita — ou seja, impossível. Além disso, qualquer partícula de poeira que a nave encontrasse no caminho se transformaria em uma explosão. Portanto, a “Luzlina 1” fica segura no campo da imaginação, decolando apenas no terreno da curiosidade.
Mas como gosto de aprender brincando, embarque comigo nessa viagem. Imagine que, por um instante, nossa nave maluca realmente pudesse alcançar os incríveis 299.792 quilômetros por segundo.
Pronto? Aperte o cinto, porque você vai querer segurar o queixo também.
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Em um segundo, nossa Luzlina daria mais de sete voltas completas ao redor da Terra (a Terra tem cerca de 40 mil km de circunferência; 299 mil ÷ 40 mil = 7,5 voltas).
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Para visitar a Lua, em apenas 1,28 segundos já estaríamos lá. Sim, você nem terminaria de piscar e já veria crateras.
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Para alcançar o Sol, seriam necessários 8 minutos e 19 segundos — o tempo que a luz solar leva para chegar até nós. Ou seja, quando olhamos para o Sol, vemos o passado de oito minutos atrás.
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Se cruzássemos o Sistema Solar, do Sol até Netuno, a viagem levaria quase 4 horas e 15 minutos. Estamos falando de bilhões de quilômetros — e a luz ainda levaria horas para atravessar tudo isso.
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Agora, se ousássemos atravessar a Via Láctea, de ponta a ponta, seriam cerca de 100 mil anos viajando na velocidade da luz. Cem mil anos sem parar, sem café e sem banheiro.
Esses números mostram por que usamos o “ano-luz” como medida de distância, e não de tempo. Um ano-luz é simplesmente a distância que a luz percorre em um ano — quase 9,5 trilhões de quilômetros. É como se o Criador tivesse deixado no céu uma régua gigantesca para nos lembrar de quão imenso é o universo… e quão pequeno é o ser humano que ousa medi-lo.
E ainda há mais: a estrela ou galáxia mais distante que conhecemos, como GN-z11, está a cerca de 13,4 bilhões de anos-luz de distância. Ou seja, a luz que vemos hoje começou sua viagem muito antes do nosso planeta existir? Se essas estrelas estão a essa distância, e a luz que nos chega é de bilhões de anos atrás, isso se torna um dos argumentos científicos usados para questionar o que a Bíblia diz.
Mas a Bíblia começa com uma frase que não deixa espaço para dúvida:
“No princípio, Deus criou os céus e a terra.” (Gênesis 1:1)
Antes da criação, Deus já existia em Sua eternidade. E em uma palavra — por exemplo, “Haja luz” — a luz existiu. Note algo crucial: Deus criou a luz antes de criar os luminares. Essa é a luz inicial, a própria glória de Deus cortando as trevas. Toda a criação veio a partir da Sua palavra, inclusive as estrelas longínquas, cuja luz chegaria até nós como vemos hoje (falaremos da razão disso em outro artigo).
Essa afirmação não apenas descreve o ato criador, mas também define o tempo. O “princípio” é o momento em que o tempo começou — não bilhões de anos atrás, mas quando Deus quis. Antes disso, não havia “ontem” nem “amanhã”, pois o tempo é uma criação divina. Aqui já começamos a perceber a diferença radical entre a cosmovisão bíblica e a naturalista.
Quando a ciência tenta refazer o Gênesis
A ciência moderna, ao adotar uma estrutura naturalista, propõe que tudo veio a existir ao longo de bilhões de anos, com o Big Bang abrindo a cortina de um drama cósmico sem diretor.
O que poucos percebem é que essa narrativa não nasceu de evidência neutra, mas de um pressuposto filosófico:
“O sobrenatural não pode ser considerado.”
Ou seja, é proibido que Deus tenha algo a ver com a criação. E com essa regra, claro que o resultado será sempre um universo antigo o suficiente para caber em uma explicação sem Deus.
O testemunho das estrelas
O mesmo universo que muitos acham antigo demais para o Gênesis é, na verdade, testemunha da juventude da criação.
Galáxias espirais, cometas que se desintegram rapidamente, campos magnéticos ainda fortes nos planetas — todos apontam para um cosmos jovem e vibrante, não para um universo moribundo de bilhões de anos.
Romanos 1:20 nos lembra:
“Pois, desde a criação do mundo, todos podem ver os atributos invisíveis de Deus — seu poder eterno e sua natureza divina. Por isso, não têm desculpa alguma.”
O Deus que cria com propósito
Deus não precisa de eras para criar. Ele não é um engenheiro limitado pela matéria, mas o Autor do tempo e da existência.
Os seis dias da criação não são uma alegoria, mas uma revelação do ritmo divino, que Ele abençoou e santificou — inclusive o sábado, como memorial da obra completada em seis dias.
🌍 Cálculo da Idade do Universo (linha Septuaginta)
De Adão até o Dilúvio (Gênesis 5 – LXX):
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Adão gerou Sete aos 230
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Sete gerou Enos aos 205
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Enos gerou Cainã aos 190
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Cainã gerou Maalalel aos 170
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Maalalel gerou Jarede aos 165
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Jarede gerou Enoque aos 162
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Enoque gerou Metusalém aos 165
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Metusalém gerou Lameque aos 187
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Lameque gerou Noé aos 188
Soma:
230 + 205 + 190 + 170 + 165 + 162 + 165 + 187 + 188 = 1 662 anos até o nascimento de Noé
Do nascimento de Noé até o Dilúvio:
Noé tinha 600 anos → 1 662 + 600 = 2 262 anos
Do Dilúvio até Abraão (Gênesis 11 – LXX):
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Sem gerou Arfaxade 2 anos após o Dilúvio = +2
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Arfaxade gerou Cainã aos 135
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Cainã gerou Selá aos 130
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Selá gerou Éber aos 130
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Éber gerou Pelegue aos 134
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Pelegue gerou Reú aos 130
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Reú gerou Serugue aos 132
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Serugue gerou Naor aos 130
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Naor gerou Terá aos 179
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Terá gerou Abraão aos 70
Soma:
2 + 135 + 130 + 130 + 134 + 130 + 132 + 130 + 179 + 70 = 1 072 anos
Total até Abraão:
2 262 + 1 072 = 3 334 anos desde Adão até Abraão
De Abraão até Cristo (mesmo intervalo histórico usado antes):
430 + 480 + 430 + 586 = 1 926 anos
Total até Cristo:
3 334 + 1 926 = 5 260 anos
De Cristo até hoje (2025 d.C.):
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2 025 anos
= 5 260 + 2 025 = 7 285 anos
✅ Resultado aproximado (linha Septuaginta):
Conclusão — a fé que lê o texto como ele é
Você já tinha visto essa matemática antes?
Pois é — segundo a linha da Septuaginta, o universo teria cerca de 7.300 anos. Se você for um cientista lendo isso agora, talvez até arranque os cabelos! Afinal, essa conta ignora muitos dos pilares aceitos hoje: a velocidade da luz, as distâncias das galáxias, os dinossauros, o carbono-14 e tantas outras “certezas” que também exigem fé — fé em pressupostos, em interpretações e em modelos humanos.
Mas como eu disse, eu queria ter tido alguém para me ajudar nessas questões quando comecei a estudar tudo isso. É por isso que, nas próximas paradas da nossa jornada, vamos abordar uma a uma essas objeções, com calma e com a Bíblia aberta.
Conclusão — a fé que lê o texto como ele é
Quando escolhemos crer no relato bíblico literal, não estamos rejeitando a ciência — apenas a colocamos em seu devido lugar: como ferramenta, não como autoridade.
A verdadeira ciência começa onde a revelação termina, não o contrário.
Portanto, diante dos críticos e das dúvidas que um dia também me assombraram, posso afirmar com convicção e humildade:
O universo é jovem — não porque a ciência o diga, mas porque o Criador assim revelou.
“A palavra do Senhor é verdadeira, e tudo o que ele faz é digno de confiança.” (Salmos 33:4)
E é por isso que seguimos confiando mais no que Deus disse do que no que o homem supõe.
Ó Deus eterno, Criador dos céus e da terra,
Tu que falaste e tudo veio a existir,
ensinai-nos a andar não pelos cálculos dos homens,
mas pela luz da Tua Palavra que nunca falha.
Somos povo pequeno, mas sustentado por uma fé grande,
fé que não se curva diante das teorias mutáveis,
fé que repousa na firmeza do que está escrito desde o princípio:
“No princípio, Deus criou.”
Livra-nos de confiar no brilho das mentes humanas
mais do que na voz do Teu Espírito.
Dá-nos humildade para estudar e coragem para crer,
sabedoria para usar a ciência e graça para não adorá-la.
Faz-nos lembrar que a verdadeira sabedoria
não se mede em telescópios nem em laboratórios,
mas em corações que se prostram diante de Ti
com reverência, alegria e obediência.
Senhor, conserva-nos fiéis à Tua revelação,
para que, vivendo pela fé e não por vista,
sejamos achados firmes no dia em que a criação inteira
reconhecerá que só Tu és Deus, o Alfa e o Ômega.
Em nome de Cristo, por quem tudo foi feito,
e em quem tudo subsiste,
Amém.



Amém🙏🏼
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