Pouca ciência afasta de Deus; muita ciência aproxima de Deus

Quando comecei a engatinhar na fé — como já compartilhei em outras conversas — o livro de Gênesis foi um dos meus maiores desafios. Na minha mente fervilhavam perguntas, e naquele tempo não existia internet para pesquisar. Quando eu ousava questionar sobre criação, origem do universo ou idade da Terra, as respostas que ouvia eram sempre as mesmas: “irmão, temos que ter fé, e isso basta!”.

Mas, no fundo, eu não queria apenas ter fé — eu queria entender. E isso é bíblico! A Palavra de Deus nos diz:

Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.” (1 Pedro 3:15, NVT)

A Bíblia não nos convida a uma fé ingênua, mas a uma fé consciente. Ser cristão não é desligar a mente, é iluminar a razão com a verdade.

E quando eu me deparava com os grandes feitos da ciência e as tecnologias que ela proporcionava, um dilema se formava em mim: estaria eu sendo “anti-ciência”? E, como acontece até hoje, os que creem no Gênesis literal são logo criticados: “você é terraplanista?”, “você não acredita na evolução?”, “que ignorância!”.

Naquele tempo — havia uma confusão em minha mente que, percebo agora, é a mesma que afeta muitos cristãos sinceros. Tudo ao meu redor parecia reforçar a ideia de que eu era um “anticiencia”. Os meios de comunicação, as descobertas de novos medicamentos, os livros, os filmes, os videogames, as universidades e até as conversas cotidianas insistiam em uma mesma narrativa: a de que o avanço científico teria tornado Deus desnecessário. A ciência, diziam, explicava tudo; o Criador seria apenas uma “muleta” para os ignorantes.

Confesso: isso me abalava. Não porque eu duvidasse de Deus, mas porque parecia que a fé não tinha mais espaço em um mundo “moderno e esclarecido”. Hoje entendo que aquela voz não era a da verdadeira ciência — era a da soberba humana disfarçada de sabedoria. E essa mesma voz ainda ecoa nos dias de hoje, tentando calar a fé de muitos que buscam conciliar o amor a Deus com o desejo legítimo de compreender o universo que Ele criou.


1. A frase que atravessa os séculos

Mas depois de alguns anos, e hoje com toda a facilidade da internet, uma frase me marcou profundamente:

Pouca ciência afasta de Deus; muita ciência aproxima de Deus.”

Ela é atribuída a Louis Pasteur, o pai da microbiologia moderna. Pasteur, um homem de fé e de laboratório, via na natureza não um campo de guerra contra a religião, mas uma janela para contemplar a mente de Deus. Ele sabia que, quanto mais se aprofundava no estudo das leis da criação, mais clara se tornava a sabedoria do Criador.


2. A ilusão da “pouca ciência”

“Pouca ciência” não é ignorância — é superficialidade. É quando o homem conhece apenas o suficiente para se sentir autossuficiente. Com um punhado de teorias, ele declara: “não há Deus”. Mas, ironicamente, muitas dessas teorias se sustentam em pressupostos que nunca foram observados, testados ou repetidos.

Quantas ideias modernas não passam de atos de fé no naturalismo? Basta observar a própria teoria da evolução e seus principais defensores — muitos se tornam adeptos de uma fé cega na matéria e no acaso.

A “pouca ciência” produz arrogância.
A “muita ciência” produz humildade.

Quando o cientista vai fundo — quando observa a precisão das constantes universais, a complexidade do DNA, ou a simetria perfeita das forças fundamentais — ele é forçado a admitir: há uma mente por trás de tudo isso.


3. Vozes que reforçam a fé

Quero aqui recomendar a você dois homens de ciência que têm sido uma bênção para muitos cristãos: Marcos Eberlin e Adauto Lourenço.

Assista ao vídeo abaixo e me diga o que achou?



Marcos Eberlin é químico, pesquisador e membro da Academia Brasileira de Ciências. Foi professor da Unicamp e é uma das vozes mais firmes em defesa do Design Inteligente, mostrando que a vida e o universo trazem marcas claras de planejamento e propósito.

Adauto Lourenço é físico, conferencista e escritor, conhecido por explicar com profundidade e simplicidade como a Bíblia e a ciência verdadeira se harmonizam. Ele tem ajudado muitos a enxergar que não há contradição entre fé e conhecimento, mas uma linda convergência.

Esses homens — e muitos outros cientistas cristãos ao redor do mundo — têm feito um tremendo serviço a todos nós, mostrando que não precisamos escolher entre fé e ciência, porque ambas apontam para o mesmo Criador.


4. Conclusão: não precisamos nos envergonhar da nossa fé

Não precisamos ter vergonha de crer no que a Bíblia ensina. O criacionismo não é atraso, é coragem de manter a fé em meio à pressão do mundo. É afirmar que o universo não é um acidente, mas uma obra intencional.

Ser criacionista de Terra Jovem — e se você nunca ouviu esse termo, significa crer que o universo tem menos de 7.500 anos — não é negar o raciocínio; é levá-lo até o limite.

É olhar para os dados, para as leis naturais e para as evidências, e perceber que o limite da ciência não é o fim do conhecimento, mas o início da sabedoria divina.

Negar um Criador diante de tanta ordem é fechar os olhos para o óbvio. O verdadeiro irracionalismo não está em quem crê, mas em quem rejeita o Criador em nome do acaso.

Portanto, ser criacionista de Terra Jovem é mais do que uma posição científica — é um grito de coragem num mundo que prefere a escuridão à luz. É dizer em alto e bom som: a criação não é mito — é memória do próprio Deus!

Pouca ciência afasta de Deus, porque infla o ego.
Muita ciência aproxima de Deus, porque revela o abismo da nossa ignorância e a grandeza do Criador.

O universo é vasto demais para o acaso e ordenado demais para o caos. A cada nova descoberta, Deus não se torna menor — Ele se torna mais admirável.

Portanto, não nos envergonhemos da nossa fé. Que estudemos, pesquisemos e reflitamos, mas sempre com o coração inclinado e o joelho dobrado diante Daquele que criou tudo o que a ciência apenas começa a compreender.

Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos.”
(Salmos 19:1, NVT)


Senhor, nosso Deus e Criador,

Diante da grandeza das tuas obras, nós nos curvamos em reverência. Tudo o que a ciência descobre, Tu já tinhas planejado desde a eternidade. As leis que governam o universo, os mistérios do corpo humano, a ordem das estrelas — tudo fala de Ti.

Perdoa-nos, Pai, quando nosso orgulho tenta explicar o inexplicável e reduzir o Teu poder à lógica dos homens. Dá-nos corações humildes para aprender, mentes dispostas a pensar e joelhos prontos a se dobrar.

Que nunca usemos o conhecimento para Te substituir, mas para Te adorar. Que cada descoberta nos conduza a mais gratidão, e cada dúvida nos leve a Te buscar.

Faz-nos como crianças diante do Teu mistério — maravilhados, dependentes e confiantes — certos de que o limite da ciência é apenas o começo da Tua sabedoria.

Em nome de Jesus, o Verbo por quem tudo foi criado, nós oramos.
Amém.

 

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